Sua Beatitude DANIEL
Patriarca da Romênia
Metropolita da Ungro-Vlachia
Arcebispo de Bucarest
Patriarca da Romênia
Metropolita da Ungro-Vlachia
Arcebispo de Bucarest
SEDE PATRIARCAL
Aleea Patriarhiei 2
Bucharest 70526, Romania
Tel: +40-1-615-67-72 - fax: +40-1-631-40-01
Website: http://www.patriarhia.ro/
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A Igreja da Romênia
Igreja Ortodoxa da Romênia é a única Igreja Ortodoxa de cultura latina e seu idioma, o romeno, é uma língua romana que descende diretamente da língua usada pelos soldados e colonos do Império Romano que ocuparam Dacia nos tempos do Imperador Trajano, em 106 da era cristã.
O cristianismo nesta área pode rastrear-se até os tempos apostólicos com algumas dificuldades, mas a história de seu desenvolvimento dá-se após a retirada da administração romana em 271 d.C. Certamente missionários latinos e bizantinos tiveram uma intensa atividade na região, sem dúvidas, quando os principados romenos de Moldavia e Wallachia emergiram como entidades políticas no século XIV.
A etnia romena estava fortemente identificada com a fé ortodoxa. O uso litúrgico do idioma romeno foi aprovado no ano de 1568, num Sínodo realizado nesse país.
Os séculos seguintes testemunharam o desenvolvimento de uma tradição teológica romena autóctone, apesar de que, tanto Moldávia como a Wallachia estiveram submetidas como ao Império Otomano do século XVI ao XIX. Os dois principados anteriormente mencionados foram unidos sob um só príncipe em 1859; a Romênia conseguiu a sua independência em 1878.
O Santo Sínodo Romeno-ortodoxo |
Como conseqüência de sua nova situação, o Patriarcado de Constantinopla, a quem a Igreja Romena estava jurisdicionada, reconheceu em 1885 a sua Autocefalía. Depois da Primeira Guerra Mundial, Transilvânia, cidade que abrigava grande número de ortodoxos romenos, foi integrada ao Reino da Romênia e, em 1925 decidiu-se elevar esta Igreja ao status de Patriarcado.
O estabelecimento de um governo comunista logo após a Segunda Guerra Mundial exigiu um novo "modus vivendi" entre a Igreja e o Estado.
Em linhas gerais, a Igreja Ortodoxa da Romênia adotou uma política de certa cooperação com o governo. Entre conseqüências boas e más oriundas desta decisão, a Igreja manteve sua presença significativa no país.
Um forte movimento de renovação espiritual aconteceu da década de 1950, quando muitas de suas igrejas permaneciam abertas e quase a totalidade de seus mosteiros funcionavam. Mas todas as atividades eclesiais eram supervisionadas fortemente pelo Regime. Nesta época funcionavam 6 seminários e dois Institutos Teológicos ( em Sibiu e em Bucarest) e se publicavam material teológico de grande qualidade, o que era considerado um grande milagre por tratar-se de um país sob um Regime de "Cortina de Ferro".
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Logo após a queda de Nicolau Ceacescu, em dezembro de 1989, a hierarquia da Igreja Ortodoxa da Romênia foi severamente questionada por sua suposta colaboração com o antigo regime. Acusação esta que fez o Patriarca Teoctist I decidir-se pela renúncia de seu ofício em janeiro de 1990.
Entretanto, o Santo Sínodo, não aceitando a renuncia, em abril do mesmo ano o reconduziu ao trono como Patriarca da Igreja ortodoxa da Romênia. Desde então a Igreja parece ter recuperado sua estabilidade que permitiu experimentar um forte e sólido crescimento em suas atividades.
As relações como governo romeno se tornaram muito mais construtivas a partir da eleição de Emil Constantinescu, como presidente em 1996, que projetou a construção de uma enorme catedral em Bucareste.
Cabe mencionar que, depois da queda do Comunismo no país, a Igreja Ortodoxa da Romênia se viu envolvida em um áspero conflito com sua contra parte católica uniata ( Igreja Grego-Católica da Romênia), devido aos pedidos de devolução de alguns templos confiscados pelo Regime de 1948.
Em fevereiro de 1997, a Igreja Ortodoxa da Romênia contava com 23 dioceses e 9.208 paróquias.
Vale também destacar a abertura de 72 novas capelas dentro de hospitais, 29 em presídios, 18 em instalações militares e 13 em orfanatos e asilos. O movimento monástico contava já em 1997 com 296 monastérios (173 masculinos e 123 femininos) com 2.414 monges e 4.090 monjas. A Igreja conta com 9.174 sacerdotes. Em 1995, havia um total de 28 seminários com 5.524 estudantes, incluindo monjas e leigos. As Faculdades de Teologia foram integradas ao sistema Universitário Estatal, contando com 14 faculdades de Teologia Ortodoxa.
De acordo com o censo de 1982, 87% da população da Romênia se considerava ortodoxa e, outra pesquisa realizada e 1989, mostrou que grande parte de sua população (86%), mantinha uma imagem altamente positiva de sua Igreja.
Em 1993, o Patriarcado Romeno resolveu restabelecer sua jurisdição sobre áreas que formaram parte de seu antigo território no período compreendido entre as duas guerras mundiais; isto é, Bukovina (agora pertence à Ucrânia) e Bessarabia (hoje República Independente de Moldova).
A Igreja Ortodoxa em Moldova foi parte integrante do Patriarcado de Moscou desde a Segunda Guerra Mundial que, tempos mais tarde, concedeu-lhe o "tomos" de autônoma.
Atualmente os ortodoxos de Moldova se encontram repartidos entre as duas jurisdições que competem entre si. O governo, no entanto, apóia a jurisdição ligada à Moscou, negando, à Igreja Romena a possibilidade de registrar-se oficialmente.
O Metropolita Romeno em Moldova Petru de Bessarabia, denunciou sofrer perseguição naquele país, mas a sentença foi favorável ao governo.
Em 1929, o bispo John Bessarión, com a participação do bispo sérvio, ordenou dois novos bispos ortodoxos albaneses. Deste modo se formou um Sínodo em Tirana, capital da Albânia, e a Igreja novamente proclamou sua autocefalía. Em reação este fato, Constantinopla destituiu aos bispos albaneses e, em resposta, o governo abanes expulsou o representante de Constantinopla do país. Deste modo, se produziu de fato um cisma, mas que não duraria muito tempo já que Constantinopla, finalmente, reconheceu o status de autocefalía da Igreja Ortodoxa da Albânia, regularizando a situação em 12 de abril de 1937.
A mais alta autoridade da Igreja Ortodoxa da Romênia em assuntos canônicos e espirituais é o Santo Sínodo, composto por todos os Bispos do país e que se reúne uma vez a cada ano.
Em outro tempos a normal administração da Igreja estava a cargo do Santo Sínodo Permanente, constituído somente pelo Patriarca e os Metropolitas em exercício.
Em matéria financeira e administrativa, a mais alta autoridade é a Assembléia Eclesiástica Nacional, constituída por um clérigo e dois leigos de cada diocese, assim também como os membros do Santo Sínodo.
Fora da Romênia, a Igreja conta com quatro Dioceses e dois Vicariatos com um total de 167 paróquias servidas por 3 bispos e 170 padres.
Outra jurisdição Ortodoxa Romena presidida pelo Bispo Nathaniel Popp é integrante da Igreja Ortodoxa na América; em 1993 as duas jurisdições romenas presentes na América do Norte entraram em acordo para estabelecer relações eclesiásticas plenas e normais, terminando com décadas de incompreensões e hostilidades.
Síntese Histórica:
- Propagou-se o cristianismo na Romênia graças aos esforços do Patriarcado Ecumênico, auxiliado que foi pela adoção da doutrina cristã pelos povos eslavos, por intermédio dos missionários bizantinos.
- A Romênia esteve, espiritualmente, sob o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla até 1885 quando alcançou a sua autonomia sob um decreto do Patriarca Ecumênico Joaquim IV, ficando assim sob a égide do Arcebispo de Bucareste-Paláquia, na Hungria;
- O Patriarcado da Romênia foi fundado oficialmentye em 1925.
FONTE:
Pro-ortodoxia
Tradução do espanhol por: Pe. Pavlos Tamanini, hieromonge
O Novo Patriarca da Igreja Ortodoxa da Romênia
O Metropolita Daniel de Moldavia, de 56 anos, foi eleito Patriarca da Igreja Ortodoxa da Romênia em 12 de setembro de 2007 pelo Colégio Eleitoral desta Igreja Local da Ortodoxia.
Teólogo de formação, o novo patriarca é conhecido como um homem de reflexão, particularmente atento aos desafíos com os quais a Igreja se enfrenta no mundo contemporâneo.
A eleição do novo Prinmaz da Igreja Romena se desenvolveu em duas fases. Primeiro, uma assembléia plenaria dos bispos diocesanos da Igreja Romena estabeleceu uma lista de três candidatos: o metropolita Daniel da Moldavia, o metropolita Bartolomeu de Cluj e o bispo João de Cosvana. Posteriormente, o colégio eleitoral, que além de contar com a participação dos bispos está constituído por representantes do clero de dos leigos de cada diocese, delegados de faculdades de teologia e dos seminários, somando um total de 180 eleitores - procedeu a eleição do novo primaz romeno a partir da lista pré-estabelecida. No final, o futuro Patriarca Daniel receberia 95 votos dos 161 presentes.
Após sua eleição, manifestou o seguinte:
"Estou agradecido ao Santo Sínodo e ao Colégio Eleitoral por sua confiança e lhes asseguro que vou continuar servindo a Igreja Ortodoxa como fez, em seu tempo, o antigo Patriarca Teoctisto."
BIOGRAFIA:
- Arcebispo Daniel nasceu em 12 de julho de 1951 em Dobresti, numa familia de tres irmãos.
- Depois de concluir seus estudos secundários, matricula-se na faculdade de teologia ortodoxa de Sibiu (1970-1974).
- De 1974 até 1976 segue com seus estudos para o doutorado em Teología Sistêmica junto ao grande teólogo romeno Dimitru Staniloae no Instituto Teológico de Bucarest, quem lhe aconselherá a continuar seus estudos no exterior.
- Cursará dois anos na Facultade de Teologia Protestante da Universidade de Ciências Humanas em Estrasburgo (França), e outros dois na Facultade de Teología Católica da universidade "Albert Ludwig," em Friburgo-en-Brisgau (Alemanha).
- No dia 15 de julho de 1979 obtêm seu Doutorado em Teologia na Facultade de Teología Protestante de Estrasburgo, apresentando uma tese titulada "Reflexão e Vida Cristã na Atualidade, um ensaio sobre a relação entre a teologia e a espiritualidade".
- Faz seus votos monásticos em 1987 no Monastério de Sihistaria.
- Em março de 1990 é consagrado bispo vigário da Metropólia de Temisvar e, em junho do mesmo ano é eleito Metropolita de Moldavia e Bucovina.
- Desde 1992 ensina na Faculdade de Teología Ortodoxa da Universidade de Iasi.
- É autor de um grande número de escritos sobre teología.
- O patriarca Daniel fala correntemente o francês, o alemão, o inglê e o italiano.
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