Sua Beatitude JOÃO
Arcebispo de Carélie e de toda Finlândia
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A Igreja Ortodoxa da Finlândia
inda que pareça que os primeiros cristãos na Finlândia foram bizantinos, a grande parte do país recebeu sua fé através de missionários suecos de tradição latina. Mesmo assim, a província oriental de Karelia foi evangelizada por monges bizantinos do antigo monastério de Valamo (Valaam, em russo) situado numa ilha no lago Ladoga.
No século XIII, Finlândia foi um campo de batalha entre a Suécia católica e a Rússia ortodoxa; eventualmente os suecos conseguiram controlar a maior parte da Finlândia, Karelia porém, ficou sob o controle russo. Em 1617, Karelia foi tomada pela Suécia, a qual havia se tornado, de uma potência católica a potência protestante. Os suecos luterandos perseguiram por algum tempo os ortodoxos, mas as condições melhoraram no final do século passado.
Karelia foi recuperada pela Rússia em 1721 e, em 1809 o Czar conquistou a totalidade da Finlândia a qual se converteu no Grande Ducado Autônomo, dentro do Império Russo.
No final do século XIX, os ortodoxos da região de Karelia afirmaram sua identidade nacional. A liturgia, bem como muitos outros livros de teologia e espiritualidade, foram traduzidos para a língua finés, que permaneceu como a língua litúrgica desta Igreja.
Em 1917 Finlândia declarou sua independência da Rússia e, em 1918, os ortodoxos finlandeses se declaram autônomos em relação à Igreja de Moscou. O Patriarca TIKHON de Moscou reconheceu o status de autonomia em 1921. Em 1923 a Igreja Ortodoxa da Finlândia foi recebida pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla em seu caráter de Igreja Autônoma.
Durante a guerra ocorrida no inverno de 1939-1940 envolvendo a antiga URSS e a Finlândia, a maior parte de Karelia foi tomada pelos soviéticos e, como consequência, a Igreja perdeu cerca de 90% de suas propriedades. A maioria dos ortodoxos fineses foram evacuados para outras partes da Finlândia, dando início a uma nova vida, agora espalhados por todo o país.
Em 1957 o Patriarcado de Moscou reconheceu a autonomia da Igreja Ortodoxa de Finlândia sob o Patriarcado Ecumênico. Em 1980 a Assembléia Geral da Igreja Ortodoxa Finesa votou a favor de uma proposta de autocefalía, não alcançando, porém, seu propósito.
Existe uma vasta tradição monástica na história da Igreja Ortodoxa da Finlândia, sobretudo em Karelia. Lamentavelmente, porém, os monastérios tiveram de ser evacuados durante a guerra russo-finesa, quando os soviéticos tomaram o controle dessa região. O famoso Monastério de Valamo foi novamente fundado em Heinävesi, na Finlândia Central, com o nome de "Novo Valamo".
A Comunidade incluiu monges de outros monastérios da região de Karelia. O último dos monges, oriundo do antigo Monastério de Valamo, dormiu na paz do Senhor em 1981.
O Convento de Lintula, também foi novamente fundado, próximo do "Novo Valamo".
Atualmente, estes dois Monastérios são importantes centros de vida espiritual da Igreja Ortodoxa desse país. A desintegração do Estado Soviético, facilitou o desenvolvimento de melhores relações entre as Igrejas Ortodoxas da Rússia e Finlândia.
Em 1994, seis equipes pastorais, cada uma sob a direção de um sacerdote, foram enviadas pela Igreja da Finlândia para oficiar as celebrações da Natividade e de Semana Santa, na região da Karelia russa. Em setembro de 1994 o Patriarca russo Alexis II visitou Finlândia sendo acolhido pela comunidade Ortodoxa Finesa com calorosa hospitalidade.
A Igreja Ortodoxa de Finlândia está atualmente enfrentando a difícil e árdua tarefa de restauração do antigo Monastério de Valamo, na Rússia. Um seminário ortodoxo finlandês foi erigido em Sortavala, na região de Karelia em 1918, justamente após a independência de Finlândia. Mais tarde esta cidade foi anexada pela URSS, em 1940, e o seminário precisou ser transferido para Helsinki, depois para Humaljärvi em 1957 e, quatro anos mais tarde, novamente foi transferido, desta vêz para Kuopio, lá permanecendo até seu fechamento em 1988. Em compensação, foi estabelecido um Departamento Ortodoxo de Teologia na Universidade Joensuu.
A eleição de um novo arcebispo para Finlândia deve ser confirmada pelo Patriarcado Ecumênico. Os representantes da Igreja Ortodoxa de Finlândia tomam parte agora em todas as atividades Pan-ortodoxas, ao lado dos delegados das Igrejas Autocéfalas.
O governo de Finlândia reconheceu a Igreja Ortodoxa de Finlândia como a segunda igreja nacional depois da predominante Igreja Evangélica Luterana.
A Igreja Ortodoxa de Finlândia é a única Igreja Ortodoxa que se baseia no calendário latino (ocidental) para as festas fixas orientais. Vale destacar ainda que uma mudança demográfica teve lugar no país durante a década de 90, posto que, grande parte da população ortodoxa local foi se deslocando para Helsinki e para a zona sul do país, que é a de maior densidade populacional.
Atualmente, existem cerca de 50 igrejas e 100 capelas, num total de 25 paróquias na Finlândia. (1990).
FONTE:
Pro-ortodoxia (http://www.geocities.com/pro_ortodoxia/)
Tradução do Espanhol por: Pe. André Sperandio, hieromonge
Fotos: website: http://www.ort.fi
Tradução do Espanhol por: Pe. André Sperandio, hieromonge
Fotos: website: http://www.ort.fi
A função dos jovens - experiência
da juventude ortodoxa na Finlândia
da juventude ortodoxa na Finlândia
igreja ortodoxa na província oriental da Finlândia, Carelia, possui mil anos de história. Por causa da segunda guerra mundial a Finlândia perdeu quase todas as terras tradicionalmente ortodoxas, a maior parte dos 80 mil ortodoxos tornaram-se refugiados. Muitos movimentos da juventude ortodoxa tiveram início de modo espontâneo, e milagroso, durante a guerra ou imediatamente após o seu término.
O Movimento da Juventude Ortodoxa da Finlândia teve um papel determinante para a sobrevivência desta igreja, como um ponto chave na ajuda para reunir as pessoas para a divina liturgia, para os grupos de estudo e os acampamentos, e ainda na formação de comunidades eucarísticas que - em alguns casos - tornaram-se as novas paróquias em todo o país. A igreja tornou-se o ponto central da vida e do serviço do Movimento da Juventude.
A renovação evangélica da vida da igreja foi iniciada, com vários meios, pelo movimento da juventude ortodoxa. Alegria e entusiasmo na liturgia foram definidos com a expressão "santificar o tempo".
Esta renovação litúrgica foi acompanhada por um interesse pelos escritos ascéticos dos Pais e Mães do deserto. Foi um convite a uma espiritualidade de amor ao bem e à beleza. E foi também uma descoberta da universalidade da fé cristã ortodoxa.
A pequena minoria ortodoxa finlandesa não estava sozinha no mundo. Através dos contatos dentro do Syndesmos, que é a Fraternidade mundial dos 126 movimentos da juventude ortodoxa redescobrimos a nossa fraternidade em Cristo. Desta forma foi reforçada a nossa identidade o que permitiu, a nós que éramos uma minoria, envolver-nos ecumenicamente: entendemos que aquilo que é um desafio para uma igreja é também para as outras, e o que é uma benção para uma igreja o é também para as outras.
(Heikki Huttunen - Outi Vasko) Extraído de "Juntos pela Europa" - o grande encontro de Stuttgart entre movimentos e comunidades de várias igrejas cristãs - suplemento da revista italiana Città Nuova N. 10/2004
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