S. Beatitude JONAH
Arcebispo de Washington e New York,
Metropolita de Toda América e Canadá
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Tel: 516/922-0550 fax: 516/922-0954
E-mail: info@oca.org
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A Igreja Ortodoxa na América
ortodoxia chegou a América do Norte, quando um grupo de missionários russos provenientes do Monastério de Vallam chegaram ao Alaska em 1794. Naquela época Alaska era território do Império Russo.
A primeira Igreja foi construída na Ilha de Kodiak e um número importante de nativos foram batizados ali. Em 1840, foi erigida uma Diocese para cobrir os territórios de Kamchatka, as ilhas Aleutians e as Kuriles, com sede episcopal em Sitka.
O primeiro bispo foi INOCENCIO VENIAMOV quem, tempo mas tarde, seria eleito Metropolita de Moscou. Em 1867, quando Alaska foi vendida aos EUA, a missão russa floresceu entre os nativos. Por este motivo foi que a Sagrada Escritura e os textos litúrgicos ortodoxos foram traduzidos para a língua nativa do Alaska.
2005 - O Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa da América (Da esquerda para a direita: Bispo NIKON; Bispo SERAPHIM; Bispo JOB; Arcebispo DMITRI; Arcebispo KYRILL; Metropolita HERMAN; Arcebispo PETER; Arcebispo NATHANIEL; Bispo TIKHON; Bispo NIKOLAI; Bispo IRINEU; Bispo ALEJO do México. |
A sede da Diocese foi transferida de Sitka para São Francisco em 1872. Nos tempos em que Tikhon (Belavin) foi nomeado bispo da América do Norte (1948) houve um grande crescimento da população ortodoxa na costa Leste devido a chegada de novos grupos de imigrantes da Europa Oriental e, dada esta nova situação, a sede diocesana foi novamente transferida para Nova York, em 1905. Tikhon consagrou um bispo auxiliar para o Alaska em 1903 e outros bispo auxiliar para as paróquias árabes em 1904, com residência no Brooklyn.
Em 1905, o bispo Tikhon foi elevado a arcebispo e, pouco tempo depois, em 1907, partiu da América para servir em outras dioceses até que, finalmente, foi eleito patriarca de Moscou e de toda a Rússia, em 1917. Em 1925 faleceu, sendo canonizado em 1989 como confessor da Igreja Ortodoxa Russa.
No final do século XIX, um número bastante significativo de católicos orientais (uniatas) ingressaram na Igreja Ortodoxa Russa na América. Este fenômeno se deu, em grande medida, em conseqüência da férrea oposição dos bispos católicos latinos quanto a receber em suas dioceses os sacerdotes greco-católicos casados que provinham da Europa Oriental. O arcebispo John Ireland de St Paul, por exemplo, rechaçou o Pe. Alexis TÓTH (1854-1909), como pároco da parroquia rutena-católica de Mineápolis, porque era viúvo; Como resultado, o Pe. Tóth e seus fiéis ingressaram para a Igreja Ortodoxa Russa em 1891. Fundou nos Estados Unidos mais 17 paróquias para os ex-católicos rutenos.
Tóth foi canonizado pela Igreja Ortodoxa na América em 1994.
No decorrer do ano de 1921 foi erigida na América do Norte, de forma paralela e separada uma arquidiocese ortodoxa grega, dependente da Igreja Ortodoxa Grega, ainda que, tempo mais tarde, seria transferida ao Patriarcado Ecumênico; Isto marcou o fim da unidade ortodoxa no Continente, já que este exemplo e modo de atuar foi seguido pelas posteriores fundações que outras jurisdições ortodoxas empreenderam na América. O esquema é simples: se estruturam e se agrupam segundo seu grupo étnico, e crescem dependentes de uma Igreja-mãe que é quem as supervisiona.
Depois da Revolução Bolchevista na Rússia, no ano de 1917, houve um grande influxo de imigrantes russos para a América, muitos daqueles, fiéis ortodoxos russos, conscientes da perseguição à Igreja-mãe por parte do novo regime comunista russo. Por esta razão, em abril de 1924, a diocese da América do Norte se declarou temporariamente auto-governada, permanecendo no entanto em comunhão espiritual com a Igreja Ortodoxa Russa.
Em 1935 se alcançou um acordo com a Igreja Ortodoxa Russa no Exílio, esta última, já havia rompido comunhão com o Patriarcado de Moscou. O acordo feito consistia em que a “Metrópolis” da América do Norte seria considerada como um de seus distritos, mas, na prática, permaneceria como uma jurisdição independente.
Em 1946 começou a ficar bastante claro que a Igreja Ortodoxa Russa no Exílio carecia de legitimidade canônica aos olhos da maioria das Igrejas Ortodoxas, e em conseqüência disto, a Metrópole da América do Norte decidiu por reconhecer o Patriarcado de Moscou como sua cabeça espiritual, com uma condição: que as suas igrejas permanecessem com sua autonomia administrativa.
Em 1970, o patriarcado de Moscou concedeu o status de autocefalía àquela metrópole que passou a se denominar IGREJA ORTODOXA NA AMÉRICA. As paróquias que desejaram permanecer sob a jurisdição direta de Moscou, puderam fazer sem problemas.
Esta ação provocou um intercâmbio de cartas entre Moscou e Constantinopla, através do qual o Patriarcado Ecumênico questionava a autoridade de Moscou para conceder autonomia a uma Igreja-filha.
A autocefalía da Igreja Ortodoxa na América foi posteriormente reconhecida pelas Igrejas Ortodoxas da Bulgária, Geórgia, Polônia e Repúblicas Tcheco e Eslováquia.
Ainda que esta situação não esteja plenamente solucionada, tem havido significativos contatos entre a Igreja Ortodoxa na América e o Patriarcado Ecumênico, com avanços bastante explícitos neste sentido. Uma delegação da Igreja na América visitou Istambul em 1990, 1991; em 1992, 0 então Metropolita THEODOSIUS, liderou uma delegação em visita ao Patriarcado Ecumênico, sendo recebidos pelo Patriarca Bartolomeu I, quando aconteceu uma reunião com a Comissão Sinodal para Assuntos Inter-ortodoxos. Ambos as partes expressaram seus compromissos com a unidade canônica na América.
Outro encontro importante se deu em julho de 1991 quando o Patriarca Ecumênico Dimitrios visitou a América. Mais recentemente, em 2003, S. Beatitude o arcebispo Herman com uma comitiva, foi recebido por SS. o Patriarca Ecumênico que já havia estado nos EUA em visita a Igreja Ortodoxa na América.
Ano de 2003: S.B. Herman em visita a SS. Bartolomeu I no Patriarcado Ecumênico |
Alguns passos significativos já foram dados nesta direção, por exemplo, a maioria dos bispos dos EUA e Canadá se reuniram em Ligonier, Pensylvânia, de 30 de novembro à 2 de dezembro de 1994. Nesta reunião, os bispos rechaçaram o uso do termo “diáspora” ao descrever os mais de 200 anos de presença ortodoxa na América, e também se resolveu tomar medidas concretas para a coordenação de suas atividades e para trabalhar na restauração da unidade ortodoxa no Continente. Posteriormente, o Patriarcado ecumênico rechaçaria os Estatutos de Ligonier.
Na prática, a Igreja Ortodoxa na América está em comunhão com as demais Igrejas Ortodoxas, e seus bispos fazem parte da Conferência dos Bispos Ortodoxos Canônicas na América. Porém, apesar disto, ainda não estão habilitados a participar de atividades pan-ortodoxas, tais como o diálogo ecumênico internacional com outras comunhões cristãs devido a que falta o necessário reconhecimento unânime de sua autocefalía por parte de algumas Igrejas Ortodoxas.
Três jurisdições de origem nitidamente étnica estão em comunhão canônica com a Igreja Ortodoxa na América, dando a esta jurisdição um autêntico caráter multi-étnico. São elas: A diocese de Albânia, sob a jurisdição do arcebispo Teodósius com 13 paróquias; A Diocese Búlgara, sob a direção espiritual do arcebispo Kirill com 16 paróquias; e a Diocese Romênia sob o omofórion do bispo Natanael, com 59 paróquias sob sua jurisdição.
Existem ainda pelo menos seis comunidades monásticas sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa na América.
Compreende ainda esta Jurisdição 6 Comunidades monásticas sob a direta supervisão do Primado, e outras 13 Comunidades dentro da Igreja Ortodoxa na América que se encontram sob a jurisdição dos bispos diocesanos.
Atualmente esta Jurisdição administra três escolas teológicas:
- SAN HERNÁN, em Kodiak, Alaska, fundada no ano 1973;
- SAN TIKHON, em South Canaan, Pennsylvania, fundada em 1937;
- SAN VLADIMIR, em Crestwood, Nova York, erigida em 1938.
Em Dezembro de 1994, a Igreja Ortodoxa Russa cedeu a igreja de Santa Catarina, em Moscou, à Igreja Ortodoxa na América, para que funcione ali uma representação oficial de esta Jurisdição ante o Patriarcado de Moscou.
Nos EUA existem pelo menos 12 dioceses e 623 paróquias, bem como missões e outras instituições diretamente vinculadas à Igreja. As dioceses étnicas se estendem pelo Canadá, ainda que, vale ressaltar, que também existe ali uma arquidiocese não étnica, presidida pelo bispo Serafim. São 91 paróquias desta jurisdição no Canadá. A Igreja Ortodoxa na América também possui um exarcado no México que conta com 9 paróquias e algumas missões. Também existem outras 5 paróquias na América do Sul e mais 3 na Austrália as quais também se encontram sob a proteção canônica da Igreja na América.
FONTE:
Pro-ortodoxia (http://www.geocities.com/pro_ortodoxia/)
Tradução do Espanhol por: Pe. André Sperandio, hieromonge
Fotos: website: http://www.oca.org/
Tradução do Espanhol por: Pe. André Sperandio, hieromonge
Fotos: website: http://www.oca.org/
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