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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A Igreja de Chipre


Sua Beatitude CRISÓSTOMO II
Arcebispo de Nova Justiniana e Chipre
SEDE ARQUIEPISCOPAL
PO Box 1130 Nikosia 1016, Cyprus
tel: +357-2-43-06-96
Web site: http://www.churchofcyprus.org.cy/
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Sede da Igreja Ortodoxa de Chipre em Nicósia, a capital. Monumento ao Arcebispo Makarios III (1913-1977), líder da independência do domínio inglês.

Síntese Histórica:

  • Esta Igreja foi fundada pelo apóstolo São Barnabé no ano 45.
  • O III Sínodo Ecumênico de Éfeso, em 431, conferiu a Chipre a sua independência, desligando-a da Sé de Antioquia e estabelecendo-lhe a categoria das Igrejas de Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém;
  • No século VII foi conquistada pelos muçulmanos.
  • Em 1191 foi reconquistada pelos cruzados da expedição do rei Ricardo, Coração de Leão, convertendo-se em um estado feudal latino. Desde 1489 caiu sob o domínio da República de Venecia. Em 1571 foi conquistada pelos turcos. A população, muito contrária aos latinos, saudou a chegada dos turcos como a libertadores.
  • Teve início, porém, uma período de dura dominação que durou quase três séculos.
  • Em 1821 a Igreja de Chipre uniu-se ao Movimento Grego de Libertação contra os turcos. O arcebispo, seus metropolitas e muitos sacerdotes e fiéis foram executados.
  • Em 1878 a Ilha foi ocuipada e dominada pelos ingleses. Em 1931 o arcebispo e dois bispos foram desterrados.
  • De 1933 a 1947 a Igreja esteve com sede vacante.
  • Novamente em 1956 o grande arcebispo Makários foi expulso.
  • Em 1960 a ilha declarou-se independente e, consequentemente, uma república, sendo eleito o primeiro presidente da República sua Beatitude o Arcebispo Makarios.
  • Sua Beatitude o Arcebispo de Chipre tem as suas prerrogativas próprias, quais sejam, vestir a púrpura e portar o cetro real e usar tinta rubra para as suas assinaturas.
 
 
«O novo Primaz da Igreja Ortodoxa de Chipre, Crisóstomo II, eleito no ultimo dia 05 de novembro, é entronizado na Catedral de Nikosia».
DOMINGO, 12 DE NOVEMBRO DE 2006.
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O novo Primaz da Igreja Ortodoxa de Chipre, Crisóstomo II, eleito no ultimo dia 05 de novembro, foi entronizado na Catedral de Nikosia, na presença de Sua Beatitude o Arcebispo Cristodoulos de Atenas e Toda a Grécia e de representantes de outras Igrejas locais. S. Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I foi representado pelo Arcebispo Gregório de Thiateira e da Gran Betanha e pelo Metropolita Gennadios de Sassima
O arcebispo Crisóstomo II nasceu na cidade de de Tala em 10 de abril de 1941. Concluído o primeiro período de seus estudos, na cidade de Paphos em 1963, recebeu a ordem diaconal do Arcebispo George Trimithonte. De 1968 a 1972 cursou a Faculdade de Teologia na Universidade de Atenas, Grécia. Em 1972, foi eleito Hegúmeno (abade) do Monastério de São Neofito recebendo lá a sagrada ordem do presbiterato pelo Arcebispo Makarios III e em 1978, foi eleito Metropolita de Paphos.
«Uma Igreja fundada pelos apóstolos»
Entrevista com o arcebispo Chrysostomos
Nesta ilha encontra-se a sepultura de Barnabé, que acompanhou Paulo durante a sua primeira viagem apostólica. Encontramos o chefe da Igreja Ortodoxa, que sempre teve um papel importante também na vida civil do povo cipriota.
O arcebispo ortodoxo Chrysostomos durante a procissão à Catedral de São João em Nicósia para a sua posse como novo arcebispo de Chipre, em 12 de novembro de 2006.
A Igreja Ortodoxa de Chipre tem um papel central na história recente da ilha. Foi o seu arcebispo Makarios III quem guiou o país na luta pela independência da Grã-Bretanha. E, caso mais único do que raro, tornou-se ele mesmo, sem deixar seu cargo religioso, o primeiro presidente da República de 1960 até sua morte, em 1977.
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Foi exilado, sobreviveu ao golpe de Estado de 1974 e assistiu à ocupação turca na parte norte de Chipre e à separação das duas comunidades da ilha, greco-cipriotas (ortodoxos) e turco-cipriotas (muçulmanos), ainda em ato depois de 32 anos. Com o sucessor, Chrysostomos, a Igreja voltou ao seu papel de guia espiritual da nação, favorecendo o seu desenvolvimento democrático e acompanhando o país rumo ao ingresso na Europa. O arcebispo, há muito tempo doente, não tem mais condições de exercer seu ministério. Por isso, desde novembro passado, os cipriotas elegeram um novo pastor, Chrysostomos, que leva o mesmo nome de seu predecessor e que, como bispo de Pafos, a sede mais antiga da ilha, exercia um papel de “suplência” na guia da Igreja cipriota.
-- Eminência, o cristianismo em Chipre tem uma tradição bimilenária. O senhor poderia percorrer brevemente os aspectos mais salientes da sua história?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: A Igreja de Chipre remonta aos apóstolos e conserva a sucessão apostólica íntegra. No ano de 46, Paulo e Barnabé, durante sua primeira viagem missionária, desembarcaram em Pafos, capital da então província do Império romano. Aqui, segundo os Atos, Saulo mudou seu nome em Paulo. E aqui se deu a conversão do governador romano Sérgio Paulo. Uma segunda e mais longa viagem missionária foi realizada mais tarde por Barnabé junto com o evangelista Marcos. Eles difundiram o cristianismo em toda a ilha. Por isso o apóstolo Barnabé é considerado o verdadeiro e próprio fundador da Igreja de Chipre: uma Igreja com longa tradição, um papel importante na história e muitos testemunhos antigos da cristandade. Os bispos de Chipre participaram do Concílio de Nicéia, e a Igreja tornou-se autocéfala a partir de 431. Depois do período bizantino, a ilha foi submetida a dominações estrangeiras: francos e venezianos levaram até a ilha o cristianismo latino; depois deu-se a longa dominação otomana, de 1571 a 1878, enfim os ingleses. E assim, no decorrer dos séculos o arcebispo assumiu também a função de “etnarca”, ou seja, representante da população grega da ilha diante do poder constituído. Portanto o seu papel há também um caráter político. Por esse motivo em Chipre o arcebispo é eleito diretamente pelo povo.
-- A que época remonta este sistema de eleição?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: O povo participa da eleição do bispo desde o período otomano, quando a Igreja ortodoxa, depois da expulsão dos venezianos, recuperou a sua autocefalia. Trata-se de um caso único também na tradição ortodoxa. A participação popular foi ulteriormente ampliada no último século. E a eleição do bispo é muito importante para a população, que assim identifica-se mais diretamente com o próprio pastor.
-- Isso ocorreu também por ocasião da sua eleição?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: A eleição foi realizada em 3 fases. Na primeira o povo votou, em setembro passado, 1400 representantes leigos, que por sua vez escolheram entre eles 100 delegados. Estes 100 leigos, junto com 34 membros do clero, entre os quais os bispos e os abades dos mosteiros foram chamados enfim para designar o novo pastor.
-- Foi este caráter popular que permitiu ao arcebispo Makarios de se colocar como chefe dos greco-cipriotas na luta pela independência?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: O arcebispo Makarios, como pai de todos, aceito por todos, guiou o novo Estado com a vontade de resolver os problemas que se criaram com os turco-cipriotas depois da independência. Sempre tentou superar estes obstáculos com a intenção de deixar o lugar para um outro mais tarde. Infelizmente muitos problemas não foram resolvidos e a última conseqüência de todo isso foi a invasão turca.
-- A Igreja de Chipre ainda se sente revestida por um papel político?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: Os tempos mudaram. Existe uma classe dirigente eleita pelo povo em condições de guiar o país sem necessidade de um papel de suplência da Igreja em relação às instituições. Porém a Igreja continua a representar a identidade nacional dos greco-cipriotas e se empenha para que possam viver em paz e harmonia com as minorias que vivem em Chipre, sem problemas e sem contrastes.
-- Hoje, o que a Igreja pode fazer para favorecer a reconciliação e a reunificação do país?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: A Igreja de Chipre reza sempre pela paz e pela concórdia entre todos. Não fazemos distinção de religião ou proveniência, sentimo-nos todos filhos do mesmo Deus. Queremos viver juntos em paz neste país. Temos certeza que, para um efetivo progresso comum, Chipre deve ser apenas um Estado, mas aceitamos a idéia de um Estado federal com um governo comum. Infelizmente a Turquia não persegue o mesmo objetivo, mas quer a criação de dois Estados separados, para tutelar melhor seus próprios interesses. O seu objetivo é o de entrar na União européia sem renunciar a Chipre. E este seu modo de “queimar” o tempo, sem jamais fazer significativos passos adiante, joga a seu favor.
-- No dia 30 de novembro, festa de Santo André apóstolo, o Papa encontrou em Constantinopla o patriarca Bartolomeu I. Como a Igreja de Chipre vivenciou esse evento?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: Existe uma sólida relação entre Roma e Chipre. Em 1996, quando eu era bispo de Pafos, na comemoração dos 1950 anos do desembarque de Paulo na ilha, convidei os bispos de todas as cidades assinaladas pela passagem do apóstolo. Ainda lembro com alegria o encontro que tive na ocasião com o enviado do Papa, o cardeal Cassidy. Além disso, se o túmulo de Paulo está em Roma, o seu companheiro Barnabé está sepultado em Chipre em um mosteiro que hoje, infelizmente, foi transformado em um museu, pois situa-se na parte norte da ilha. Também a relação de Chipre com a sede de Constantinopla é muito grande. Os cipriotas têm, entre outras coisas, uma profunda veneração pelo apóstolo André, mesmo tendo a passagem do apóstolo por Chipre confirmações menos garantidas do que a de Paulo. Mas essa tradição também é sinal da vocação de Chipre, que se pode considerar uma ponte entre Oriente e Ocidente.
-- O presidente da Grécia, Tassos Papadopoulos encontrou o Papa Bento XVI em 10 de novembro passado, presenteando-lhe com um livro que documenta o estado de degradação do patrimônio eclesial da parte norte de Chipre. Na ocasião, convidou o Papa para visitar Chipre. O que o senhor acha?
Arcebispo CHRYSOSTOMOS: A situação das Igrejas do norte ocupado é uma das nossas mais graves preocupações e esperamos que a Igreja Católica seja sensível ao problema e nos ajude a chamar a atenção da comunidade internacional sobre a questão e encontrar uma solução mais urgente e irrenunciável para um patrimônio de cultura e de arte que pertence a toda a humanidade. Quanto ao Papa, para nós seria belíssimo se ao percorrer novamente as pegadas de São Paulo, Bento XVI pudesse um dia ir a Jerusalém, fazendo uma etapa em Chipre.
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Visita do Arcebispo de Chipre ao Papa Bento XVI
e assinatura de Declaração Conjunta

A Ilha de Chipre

Em tempos passados esta ilha era conhecida como a «Ilha dos Santos». O quão justo era esse nome é muito fácil de se convencer, se se observa um mapa da ilha (imagem 001),no qual estão representantes os seus monastérios e relíquias sagradas. Atualmente, a ilha tem trinta monastérios, dos quais vinte estão totalmente em pleno funcionamento. A luz do cristianismo chegou a esta ilha já no 1º século.
Os santos apóstolos Barnabé e Paulo já haviam estado aqui no ano 45 da era cristã. Eles converteram à fé o pro cônsul da ilha, Sérgio Paulo, e fundaram a Igreja de Chipre. Assim, Chipre foi o primeiro país dirigido por um governador ortodoxo. São Lázaro, a quem Jesus Cristo ressuscitou depois estar morto e enterrado por quatro dias, foi, durante cerca de 30 anos, o bispo na antiga Kitión (atual Larnaka). Desde então, os habitantes da ilha conservaram sua fé em Cristo. No século XX, quando Chipre conquistou a sua independência como Estado, o seu primeiro presidente foi o Metropolita ortodoxo Makarios III.
O Santa Imperatriz Helena – considerada como «igual aos apóstolos» - depois de ter encontrado a Santa Cruz de Cristo, e voltando de Jerusalém através de Chipre, deixou aqui parte da vivificante Cruz e da cruz do Bom Ladrão.
Ainda, com Chipre estão relacionados os nomes de notáveis santos como: Esperidião, bispo de Tremitunte, Tikhon, bispo de Amathus, Epifânio de Salamina e muitos outros. São Nicolau, o Taumaturgo, Arcebispo de Myra, vinha freqüentemente  a este lugar.
As perseguições iconoclastas passaram longe da ilha. Além disso, naqueles tempos, encontraram aqui refúgio monges e piedosos cristãos, devotos de todos os cantos do Império Bizantino. Eles trouxeram consigo as relíquias e ícones milagrosos. Assim, a bendita terra de Chipre foi enriquecida pela presença de muitas relíquias sagradas, a maioria das quais se encontram até os dias de hoje na ilha.
Os peregrinos russos tinham o hábito de visitar estes lugares santos. No caminho para a Terra Santa, sempre passavam pela ilha de Chipre. Entre os documentos que atestam isso, têm especial valor as memórias do Higúmeno Danilo, que recebeu suas vestes monásticas na Laura das Grutas de Kiev (Monastério composto por uma colônia de cavernas/grutas. Em ucraniano, Pecherska Lavra). «Vida e peregrinação de Danilo, um Higúmeno da terra da Rússa» (séc. XII) de Hieromonge Barsanofio (séc. XV), do monge Basílio (Grigorovich-Barski) (séc. XVIII), do Bispo Porfírio (Uspensky) (séc. XIX). E não reduz o fluxo de peregrinos que vão ao Chipre nos dias de hoje.
Chipre é atualmente um país ortodoxo onde a religião não está separada do estado. Os casamentos são registrados na Igreja. O dia da morte do primeiro presidente, Metropolita Makarios III, é um feriado nacional. Neste dia, todos os habitantes de Chipre, liderados pelo presidente, viajam ao monastério de Kikkos, onde se encontra o túmulo do Metropolita. Lá, solenemente celebra-se a sua memória.
Chipre é um país excepcional. Aqui se encontram o Oriente com o Ocidente, a Antiguidade com a atualidade, o cristianismo com o Islã...
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